Prezados amigos e visitantes do Blog do Ford Maverick.
Primeiramente eu quero me desculpar com todos vocês pela minha ausência e também pela falta de postagem neste blog nas ultimas semanas.
Eu andei um tanto atarefado nos últimos dias, porém ao mesmo tempo nas horas vagas continuei pesquisando e correndo atrás de mais alguns materiais inéditos e interessantes para postar aqui no blog. Durante alguns dias eu andei fazendo algumas buscas no acervo digital da revista 4 Rodas e também no acervo digital da revista Veja.
Olhei inúmeros exemplares com muita atenção e tive a oportunidade de poder coletar fotos muito interessantes e bacanas que à partir de agora na medida do possível e no decorrer do tempo eu estarei postando aqui no blog para que todos vocês possam ver.
As fotos e o texto à seguir vieram da edição de número 30 da revista Veja publicada em 2 de Abril de 1969.
Este carro irreverente já começou a ser fábricado pela Ford no sul dos Estados Unidos e também no sul do Canadá. É o Maverick, primeira arma que Detroit lança contra os pequenos e baratos importados europeus.
A NOVA LUTA DE DETROIT
Começou nos Estados Unidos uma nova corrida: a dos carros pequenos. Os americanos que sempre sorriam maravilhados para os automóveis grandes, de repente passaram a se encantar com os carros menores feitos na Europa.
E enquanto os gigantes de Detroit não percebiam os novos amores de seus fregueses, os carrinhos iam infiltrando-se aos milhares por todo o vasto território americano.
Somente agora os gigantes perceberam a nova tendência do mercado e saíram a galope para atendela. Nessa corrida a Ford vai na frente com o Maverick, que começou a ser fábricado em série na semana passada e será posto à venda no dia 17 de Abril pelo preço de 1995 dólares para cada unidade ( 7980 cruzeiros novos ).
Esse lançamento entretanto, vem atrasado: faz dez anos que a Ford estuda e namora o mercado de mini-carros sem criar coragem para entrar nele.
Em 1962 a companhia estava pronta para lançar um modelo chamado Cardinal. Teve medo os compactos faziam sucesso.
O Falcon, por exemplo, alcançou o seu auge de vendas em 1961 com 493.000 unidades. Mas já em 1966 essas vendas haviam caído para 163.000, enquanto isso as importações de carros cresciam.
De 52.000 em 1955, os importados passaram para 986.000 no ano passado, tomando mais de 10 por cento das vendas totais feitas nos Estados Unidos. Detroit hesitava.
Carro eclético: - O home que fez a Ford tomar uma decisão que vinha sendo adiada ha tanto tempo foi o vice-presidente da companhia, Lee Iacocca, criador do Mustang, o carro de maior sucesso da Ford depois do modelo T.
Quando em Maio de 1967, Iacocca e o presidente Henry Ford II concordaram em fábricar o Maverick, ficou estabelecido que o novo carro cujo nome código era " Delta " devia ter um preço módico.
Devia, também, ser suficientemente estilizado para atrair gente jovem, que estivesse adquirindo automóvel pela primeira ou segunda vez.
Nessa fase de planejamento, para conseguir um produto cujo preço final ficasse abaixo de 2.000 dólares e poder dar ainda um lucro de 17 por cento aos revendedores contra os costumeiros 21 ou 25 por cento sobre o preço da fábrica, a Ford teve que reduzir os gastos com máquinas operatrizes. Consequência: Nasceu um carro eclético.
O Maverick tem o mesmo sistema de suspensão dianteira do Mustang, o câmbio do Fairlane ( na coluna de direção ), o motor ( 105 HP ) e o eixo das rodas traseiras baseado no do Falcon.
Quanto as linhas, o Maverick encontra vestígios noutro carro de Iacocca, o Allegro, exibido na feira de Nova York em 1964 na categoria de " carro do futuro ".
Qualquer coisa que melhorasse o estilo, o tamanho ou a performance do Maverick elevava o preço de custo.
Mas a Ford está confiante: seus diretores acham que o Maverick será um dos revolucionadores do mercado automobilistico americano.
O Allegro, em 1964 considerado um " carro do futuro ".
O Maverick, com linhas que fazem lembra o Allegro.
Dourado Freudiano - Para isso a companhia injeta uma série de irreverências em seu novo produto.
As cores: dourado - freudiano, canela - pura, rubro - escarlate e um ortelã - anticonvencional.
O nome irreverente foi escolhido em homenagem a um herói da guerra da independência do Texas, Samuel Augustos Maverick, que passou a ser sinônimo de desinibição.
Isto porque, em 1847, o herói recebeu uma boiada em pagamento de um dívida e fugiu à regra geral de marcar o gado a ferro. Soltou seu rebanho no pasto sem nenhuma identificação.
O episódio ficou famoso e o nome de Maverick começou a ser usado para definir gente que não liga para as coisas.
O novo carro terá duas portas, lugar para quatro passageiros e será mais baixo, mais amplo e mais comprido que o Volkswagen tradicional.
Destina-se a fazer frente aos automóveis importados, principalmente ao Volkswagen, chamado pela Ford de " carro-alvo ".
Duas grandes fábricas estão produzindo o Maverick: a de Saint Thomas, no Canadá, a margem do lago Erie, e a de Kansas City, na divisa dos estados de Missouri e Kansas. Vão produzir 400.000 unidades por ano.
Nessa luta a Ford, não está sózinha. A American Motors Company prepara o Hornet, que saíra em Outubro e poderá substituir o Rambler, modelo da mesma companhia que vende pouco.
A General Motors está desenvolvendo novo modelo, cujo nome código é XP - 887.
Para concorrer com ele a Ford está desenhando outro modelo, o Phoenix. Das grandes indústrias automobilisticas americanas, só a Chrysler não entrou no campo dos carros pequenos.
Quando entrará? É a grande pergunta que se faz hoje em Detroit.
Toda a inspiração country do Ford Maverick era mostrada logo no início do seu lançamento.
BLOG DO FORD MAVERICK
Fonte das Imagens: Revista Veja edição número 30 e acervo pessoal de Maurício de Andrade Silveira.
Texto baseado em informações extraídas do exemplar da revista Veja.
Por favor deixe o seu comentário!
A sua opnião é muito importante para nós.
Atenciosamente: Administradores do Blog do Ford Maverick.
Ao deixar o seu comentário por favor informe o seu e-mail.
Em 1969 a Ford fez uma clínica com o Escort em Detroit e os clientes nao aprovaram o carro
ResponderExcluir